A vereadora de Teresina, Tatiane Medeiros (PSB), foi presa na manhã desta quinta-feira (03) em sua residência, no âmbito das investigações da Polícia Federal sobre seu suposto envolvimento com o tráfico de drogas e o possível financiamento ilegal de sua campanha eleitoral.
A operação ocorre poucos dias após Tatiane ter sido afastada do cargo de secretária-geral da comissão executiva do PSB em Teresina. O afastamento, determinado pelo presidente municipal do partido, Washington Bonfim, veio em meio às suspeitas de ligações com facções criminosas nas eleições municipais de 2024.
Tatiane Medeiros nega as acusações e, em recente coletiva de imprensa, classificou seu afastamento da direção do partido como perseguição política. Na ocasião, a vereadora chegou a afirmar: “A única coisa que vai me parar é se mandarem me matar, que é o que está faltando”, reforçando que não havia qualquer processo formal contra ela até então.
A investigação sobre Tatiane Medeiros ganhou força após a prisão de seu então companheiro, Alandilson Cardoso Passos, em Belo Horizonte (MG). Ele é apontado como operador financeiro da facção criminosa Bonde dos 40 e suspeito de movimentar cerca de R$ 2 bilhões em esquemas de lavagem de dinheiro por meio da revenda e locação de veículos, além da venda de peças automotivas.
Um dos pontos centrais da investigação é a ONG “Vamos Juntos”, ligada à vereadora. Segundo a Polícia Federal, a entidade é suspeita de ser usada como instrumento para o financiamento ilegal da campanha de Tatiane, com possível envolvimento de recursos provenientes de atividades criminosas.
Com a prisão da parlamentar, a Polícia Federal deve aprofundar as apurações sobre a suposta ligação entre o crime organizado e o pleito municipal. A defesa da vereadora ainda não se manifestou sobre a detenção.
