Uma reviravolta inesperada ocorreu nas investigações sobre a morte trágica de dois irmãos, de 7 e 8 anos, em Parnaíba, no Piauí. Após cinco meses de prisão, Lucélia Maria Gonçalves, acusada de envenenar as crianças, pode ser inocente. Um novo laudo pericial, obtido com exclusividade pelo programa Fantástico, revelou que os cajus supostamente consumidos pelos meninos antes de morrer não continham vestígios de veneno.
A substância tóxica em questão, o terbufós, popularmente conhecido como “chumbinho”, era o elemento central na acusação contra Lucélia, que é vizinha da família das vítimas. Contudo, os resultados liberados nesta quinta-feira (9) demonstraram a ausência do veneno nas frutas, levantando dúvidas sobre a culpabilidade da mulher.
Diante dessa reviravolta, o Ministério Público solicitou a revogação da prisão de Lucélia Maria, que sempre manteve sua inocência. A mulher chegou a sofrer represálias enquanto estava presa, com sua casa sendo incendiada por populares. O advogado de Lucélia criticou a rapidez com que as acusações foram lançadas contra ela, sem as devidas apurações.
Mudança no foco das investigações
A reabertura das investigações trouxe à tona novas suspeitas, desta vez direcionadas a Francisco de Assis da Costa, padrasto da mãe das crianças. Francisco foi preso recentemente como principal suspeito de envenenar um almoço de réveillon que resultou na morte de quatro pessoas, incluindo a mãe das crianças, Francisca Maria, e dois outros filhos dela.
Agora, os investigadores trabalham com a hipótese de que Francisco também possa estar envolvido na morte dos irmãos, ocorrida meses antes. O promotor do caso destacou que, embora não haja evidências diretas que coloquem Francisco na cena do crime original, há novos indícios a serem considerados. “As crianças podem ter ingerido outro alimento além dos cajus, e isso precisa ser investigado cuidadosamente”, afirmou o promotor.
O Perfil de Francisco e as novas acusações
Francisco, por sua vez, não escondeu sua antipatia por Francisca Maria, a mãe dos irmãos mortos. Em depoimento antes de ser preso, ele chegou a admitir que sentia nojo e rancor pela enteada. Além disso, seus comentários preconceituosos em relação aos enteados trouxeram à tona uma relação conturbada.
Segundo a polícia, Francisco teria contaminado o arroz com o mesmo veneno usado no envenenamento dos meninos, o terbufós, durante a madrugada do réveillon. Apesar disso, o advogado de Francisco defende sua inocência, afirmando que não há provas concretas que o vinculem ao crime.
Com essas novas evidências, o caso segue em investigação, trazendo a possibilidade de justiça para as vítimas e seus familiares, ao mesmo tempo que lança dúvidas sobre a verdadeira responsabilidade pelos assassinatos.
Fonte: Fantástico
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