O Piauí figura como o terceiro estado do nordeste com maior número de denúncias de assédio eleitoral, segundo levantamento do Ministério Público do Trabalho (MPT). Até o momento, foram registradas 13 denúncias envolvendo assédio eleitoral no estado, colocando-o atrás apenas da Bahia, com 45 casos, e da Paraíba, com 22. No cenário regional, o Nordeste já soma 130 denúncias, representando uma parcela significativa do total de 315 casos registrados em todo o Brasil.
O aumento no número de denúncias no Piauí pode ser explicado, em parte, pela campanha de conscientização realizada pelo MPT para combater o assédio eleitoral. Segundo Igor Costa, procurador regional do Trabalho e coordenador da Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho, o crescimento das denúncias já era esperado nesta fase final das eleições. “Os casos variam desde ameaças até a imposição para que trabalhadores participem de atos de campanha de candidatos apoiados pelos empregadores”, afirmou o procurador.
As denúncias no estado não se limitam à capital, mas também abrangem municípios do interior. As mais recorrentes envolvem empregadores que forçam funcionários a participarem de eventos políticos ou a ouvirem propostas de candidatos durante o horário de trabalho. Em outros casos, os trabalhadores são pressionados a postar apoio a candidatos nas redes sociais ou enfrentam atrasos salariais por não aderirem às manifestações políticas. O MPT reforça que essas práticas são ilegais e incentiva a população a denunciar qualquer situação de assédio eleitoral, garantindo o anonimato e a segurança dos denunciantes.
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