Francisco de Assis Pereira, de 48 anos, foi preso em Parnaíba sob a suspeita de envenenar sua família, incluindo cinco crianças, o que resultou na morte de uma delas. Segundo o delegado Abimael Silva, responsável pelo caso, Francisco demonstrava um desprezo profundo pela família, expressando sentimentos de raiva e nojo em depoimento à polícia. O padrasto, que era casado com a mãe de Francisca Maria Silva, mãe das crianças, revelou ao delegado que não conseguia conviver com a Francisca e seus filhos, a quem se referia de forma despectiva, chamando-os de “primatas” e criticando constantemente a esposa, acusando-a de ser “tola” e “sem serventia”.
O comportamento de Francisco, descrito como “complexo” pela polícia, levantou suspeitas de psicopatia criminal. Ele se queixava frequentemente de ser o único a sustentar a casa, já que os outros membros da família dependiam de benefícios assistenciais, como o Bolsa Família. A polícia também encontrou materiais de conteúdo nazista em sua casa, incluindo livros, revistas e mídias digitais. Embora Francisco tenha alegado que tinha interesse apenas por curiosidade nesse tipo de material, a polícia ainda investiga se há relação entre esse comportamento e os envenenamentos.
O delegado Abimael Silva afirmou que, apesar de ainda ser cedo para confirmar a autoria dos envenenamentos, a investigação está sendo conduzida com cautela. Francisco permanece preso temporariamente, e o inquérito segue em andamento, com a polícia tendo 30 dias para concluir as apurações. Durante a investigação, a polícia apreendeu também cartões bancários e outros itens que podem ser fundamentais para entender a motivação do crime.
A polícia considera o caso uma possível manifestação de psicopatia criminal, uma vez que o envenenamento de crianças é um crime extremamente grave e incomum, o que torna o caso ainda mais perturbador.
Fonte: Portal O Dia