A mãe de Laurielle da Silva Oliveira, que perdeu a vida em um atropelamento ocorrido na zona Leste de Teresina em 01 de dezembro, entrou com um pedido na Justiça para garantir que João Henrique Soares Leite Bonfim, acusado de ser o responsável pela morte de sua filha, continue preso preventivamente enquanto aguarda o julgamento. A petição foi protocolada na quinta-feira (16) pelo advogado da família, Eduardo Marques Fonseca Sindo, após a defesa do réu solicitar a revogação da prisão preventiva, com o apoio do Ministério Público favorável à sua soltura.
Na petição, a família de Laurielle destaca que João Henrique não é réu primário, tendo já respondido a um processo por outro acidente de trânsito em 2022 em Teresina, no qual foi condenado. O advogado da família também refuta a alegação de que o réu possui problemas de saúde que exigiriam cuidados especiais, argumentando que ele segue preso há mais de um mês sem alterações em seu quadro clínico. A defesa ainda menciona que o estado oferece suporte médico e farmacêutico adequado na prisão. Além disso, foi encontrado com o réu comprimido de metanfetamina, uma substância que pode acarretar doenças graves, como problemas cardíacos.
A família de Laurielle acusa João Henrique e sua família de omissão após o acidente, ressaltando que o réu dirigia sem habilitação e sob efeito de entorpecentes no momento do atropelamento. A tragédia deixou três filhos pequenos de Laurielle, de 11 anos, 7 anos e 11 meses, sem os pais, já que Francisco Felipe, o marido de Laurielle, também morreu no mesmo acidente. A mãe da vítima, Antônia Lucineide, afirma que a família do réu, que tem boas condições financeiras, nunca prestou qualquer tipo de ajuda ou apoio às crianças órfãs.
O advogado da família pediu à Justiça a manutenção da prisão preventiva de João Henrique, argumentando que ele apresenta um alto grau de periculosidade à ordem pública, como demonstrado pelo fato de ter sido flagrado dirigindo sob efeito de álcool e com entorpecentes em sua posse. A petição também solicita que, provisoriamente, o réu pague dois salários mínimos mensais para custear as despesas alimentares e materiais dos filhos de Laurielle e Francisco Felipe.
A Justiça agora avaliará os pedidos e decidirá sobre a continuidade da prisão preventiva de João Henrique enquanto ele aguarda o julgamento.
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