Justiça mantém prisão de dentista acusado de envolvimento com lavagem de dinheiro e tráfico

O dentista Caio Felipe Pacheco Fortunato, preso na última quinta-feira (14/11) durante a Operação Denarc 64, continuará em prisão preventiva. A justiça negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa, que alegou ausência de provas concretas contra Caio e destacou sua participação minoritária em uma empresa investigada por lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

Os advogados de Caio afirmaram que ele é apenas sócio minoritário, com 1% de participação na Barão Comércio de Veículos, empresa pertencente ao seu pai e apontada como parte do esquema criminoso. Eles sustentaram que a acusação contra ele se baseia apenas nessa ligação societária, sem apresentar provas diretas de sua participação nos crimes. A defesa também ressaltou que o bloqueio de bens já seria suficiente para garantir a ordem pública.

O desembargador Erivan Lopes, no entanto, considerou que ainda é cedo para afastar a necessidade da prisão preventiva, dado que há indícios consistentes de autoria nos crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Ele reforçou que a gravidade das acusações justifica a manutenção da custódia para garantir a ordem pública.

“As condições favoráveis do paciente não impedem a decretação da prisão preventiva quando os requisitos estão presentes, e a gravidade da conduta reforça essa necessidade”, afirmou Lopes em sua decisão.

Além de Caio Felipe, também foram presos na operação seu pai, Josimar Barbosa de Sousa, sua mãe, Tereza Cristina de Sousa Pacheco, e sua irmã, Angélica Florinda Pacheco Barbosa. No entanto, Angélica, que é médica e lactante, teve sua prisão preventiva convertida em prisão domiciliar devido à necessidade de cuidados especiais e condições de saúde que não poderiam ser atendidas no sistema penitenciário.

DESTAQUES DO DIA