Investigação aprofundada é iniciada sobre emboscada de torcedores Palmeirenses que deixaram um morto e 17 feridos

A Polícia Civil de São Paulo está apurando uma emboscada brutal orquestrada por membros da torcida Mancha Verde contra torcedores do Cruzeiro, ocorrida na manhã de domingo (27/10) na Rodovia Fernão Dias, próximo a Mairiporã. O ataque resultou na morte de José Victor Miranda, de 30 anos, e deixou 17 pessoas feridas, sendo 12 delas em estado grave.

Os torcedores do Cruzeiro, que vinham de Curitiba após uma partida contra o Athlético-PR, foram interceptados por integrantes da torcida palmeirense, que atacaram os ônibus. A vítima fatal foi retirada à força do veículo e agredida com uma barra de ferro. José Victor, morador de Sete Lagoas (MG), deixa um filho de 10 anos. Ele trabalhava como motoboy e estava em sua primeira viagem a São Paulo para assistir ao jogo.

A Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE) está à frente das investigações. Os agressores fugiram antes da chegada da polícia e podem ser responsabilizados por crimes como homicídio, incêndio e lesão corporal, além de infrações previstas na Lei Geral do Esporte.

Após a emboscada, os feridos foram levados ao Hospital Municipal Anjo Gabriel em Mairiporã, onde 14 já receberam alta. Para garantir a segurança dos torcedores do Cruzeiro, a Polícia Rodoviária Federal escoltou o grupo de volta a Belo Horizonte, onde chegaram no final da tarde do mesmo dia.

O Ministério Público de São Paulo também anunciou que irá investigar o caso, classificando as cenas de violência como “selvageria”. A situação acende um alerta sobre a crescente intolerância e violência entre torcidas organizadas no Brasil, exigindo uma resposta firme das autoridades para garantir a segurança nos eventos esportivos​.