Estudante da UESPI denuncia professor por assédio e mobiliza comunidade acadêmica em Picos

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), no campus de Picos, está envolvida em um caso de assédio após uma estudante de 18 anos denunciar um professor de 60 anos por comportamentos inadequados. Segundo relatos da vítima, que começou a frequentar a universidade em agosto de 2024, o professor direcionava atenção excessiva e incômoda a ela, culminando em episódios de perseguição e até uso de um laser apontado em direção ao seu corpo durante as aulas. A denúncia, registrada em um boletim de ocorrência e posteriormente formalizada na ouvidoria da instituição e junto ao Grupo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (NEVIM), resultou no afastamento imediato do docente.

O caso gerou uma manifestação dos estudantes no campus no dia 17 de outubro, com cartazes espalhados pela universidade exigindo a punição do professor, ainda sem que houvesse uma confirmação pública da identidade da vítima. No dia seguinte, a aluna oficializou a denúncia, descrevendo várias situações desconfortáveis ocorridas ao longo do período, incluindo ligações telefônicas e questionamentos insistentes durante as aulas. Os colegas da vítima também relataram comportamentos estranhos do professor.

Após o relato, a UESPI se posicionou, afirmando que, embora não tenha havido uma denúncia formalizada inicialmente, os canais internos, como a Ouvidoria e o NEVIM, estão disponíveis para acolher e tratar casos como este com a seriedade devida. A direção da universidade reforçou que o ambiente acadêmico deve ser seguro e respeitoso, e comprometeu-se a manter ações de conscientização sobre a violência contra as mulheres.

A UESPI também anunciou que promoverá um evento para abordar a temática e reafirmar o compromisso da instituição com a paz, o respeito e a inclusão no ambiente acadêmico.