A estudante Jeovanna Reges, natural do Piauí, está sendo investigada pela Polícia Federal por suspeita de participação em um esquema de fraudes em vestibulares de medicina. De acordo com as autoridades, Jeovanna teria contratado os serviços de André Ataíde, acusado de facilitar o ingresso de candidatos em universidades por meio de práticas fraudulentas. O plano envolvia a substituição da candidata por outra pessoa durante a realização dos exames.
Mensagens encontradas no celular de André revelam que Jeovanna solicitou ajuda para quatro vestibulares de medicina distintos. Ela teria fornecido uma cópia de seu documento de identidade para que fosse alterado com a foto de Adriele Pedroso, que seria a responsável por realizar as provas no lugar da estudante.
Após conseguir aprovação em uma dessas instituições, o Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba (Iesvap), Jeovanna começou a temer que as diferenças físicas entre ela e Adriele fossem descobertas no momento da matrícula. Em conversas interceptadas pela Polícia Federal, ela expressa preocupação com a aparência de Adriele, afirmando que as duas eram “muito diferentes”. Para contornar a situação, André sugeriu que Jeovanna utilizasse uma peruca e máscara no dia da matrícula, mas ela decidiu pintar o cabelo de preto para se parecer mais com Adriele e também mencionou a intenção de refazer sua identidade para evitar problemas.
A direção do Iesvap informou que está acompanhando as investigações e tomará as medidas necessárias de acordo com as conclusões do processo.
Esquema de fraudes organizado por André Ataíde
André Ataíde, estudante de medicina, está no centro de um esquema criminoso que visava fraudar vestibulares em diferentes estados do Brasil. As investigações apontam que ele coordenava uma rede com mais de 30 pessoas responsáveis por realizar as provas ou transmitir as respostas para os candidatos que pagavam pelo serviço. A Polícia Federal já identificou 30 candidatos que teriam contratado os serviços de André em pelo menos 107 exames em quatro estados diferentes.
André foi preso em fevereiro de 2024 após ser flagrado realizando provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no lugar de outros candidatos. A fraude foi confirmada pela comparação de sua caligrafia e assinatura com a dos estudantes aprovados, alguns dos quais já cursavam medicina em instituições de prestígio, como a Universidade Estadual do Pará (Uepa), onde André também era matriculado.
Embora responda ao processo em liberdade, André pode enfrentar novas acusações relacionadas ao esquema de fraude. Ele cancelou sua matrícula na Uepa, que já estava em processo de expulsão, e transferiu-se para outra faculdade de medicina em Marabá, no Pará, onde ainda continua os estudos.
As investigações continuam e novas revelações podem surgir sobre a amplitude da fraude e o número de envolvidos.
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