Doze policiais militares foram afastados de suas atividades após agredirem uma mulher de 63 anos e seu filho durante uma abordagem em Barueri, na Grande São Paulo, na noite da última quarta-feira (4). A ação, que ocorreu na garagem da família, foi registrada em vídeo por testemunhas e mostra cenas de violência, incluindo um golpe de mata-leão aplicado no filho da idosa, prática proibida pela Polícia Militar desde 2020.
Os policiais alegaram que a abordagem foi motivada pela documentação irregular de uma moto, mas a situação escalou quando pai e filho resistiram e correram para dentro de casa. Os agentes invadiram o imóvel, agredindo a família com cassetetes. Lenilda Messias Santos Lima, de 63 anos, aparece no vídeo com o rosto sangrando, sendo empurrada e chutada por um dos policiais.
Em depoimento, os agentes justificaram o uso da força e a invasão sem mandado sob a alegação de que Matheus, filho da idosa, cometeu desacato. Contudo, a família contesta a versão policial, afirmando que a abordagem foi violenta desde o início, com os policiais entrando na casa de forma truculenta.
A Corregedoria da Polícia Militar assumiu as investigações, conduzidas por meio de Inquérito Policial Militar (IPM) e pela Polícia Civil, que estão analisando as imagens externas e as câmeras corporais dos policiais. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) garantiu que desvios de conduta serão punidos.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também se pronunciou sobre o uso de câmeras corporais, admitindo que mudou sua visão sobre o tema. Ele afirmou que o programa será ampliado para reforçar a proteção tanto da sociedade quanto dos policiais.
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