
A defesa da vereadora Tatiana Medeiros (PSB) protocolou um pedido de Habeas Corpus junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), com o objetivo de revogar a prisão preventiva da parlamentar. A solicitação busca substituir a detenção por medidas cautelares alternativas, como forma de garantir sua liberdade enquanto responde ao processo.
Tatiana foi presa no dia 3 de abril, durante a Operação Escudo Eleitoral II, conduzida pela Polícia Federal. As investigações apontam suspeitas de envolvimento da vereadora com uma facção criminosa atuante em Teresina, além da possível utilização de recursos de origem ilícita para financiar sua campanha nas eleições de 2024.
O advogado Edson Araújo, que representa a parlamentar, defende que a prisão é desnecessária e desproporcional. Segundo ele, os fatos que embasaram a decisão judicial remontam a novembro de 2023 e, portanto, não justificam a manutenção da medida extrema. Enquanto aguarda a análise do pedido de Habeas Corpus — ainda sem data definida para julgamento — Tatiana segue recolhida à Sala de Estado Maior, localizada no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, conforme determinação judicial após audiência de custódia.
Paralelamente, a Câmara Municipal de Teresina instalou uma Comissão de Ética e Decoro Parlamentar para acompanhar o caso. A vereadora está formalmente afastada de suas atividades legislativas enquanto prosseguem as investigações e tramitações judiciais.
A operação que levou à sua prisão faz parte de uma ofensiva da Polícia Federal contra a suposta infiltração de organizações criminosas no processo eleitoral, com foco na prevenção e repressão ao uso de dinheiro de origem ilícita para alavancar candidaturas.