Teresina quinta-feira, 19 setembro, 2024

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Crise climática intensifica estiagem e incêndios na Amazônia e Pantanal

Crise na Amazônia e Pantanal promove reunião/Foto: Foto: Carlos Moura/MIDR

O Governo Federal está intensificando esforços para enfrentar a severa estiagem que afeta a Amazônia e o Pantanal, resultado das mudanças climáticas exacerbadas pelo fenômeno El Niño e pelo aquecimento global. A crise tem levado a um déficit hídrico significativo e a um aumento nos focos de incêndio.

Em uma reunião realizada no Palácio do Planalto na quarta-feira, 21 de agosto de 2024, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, se encontraram com governadores dos estados impactados para discutir estratégias de resposta. A reunião abordou a criação de três salas de situação para enfrentar diferentes aspectos da crise climática: enchentes no Rio Grande do Sul, incêndios no Pantanal e estiagem na Amazônia.

Waldez Góes destacou a gravidade da situação, com a estiagem na Amazônia e no Pantanal sendo as mais severas em décadas. No Pantanal, a seca antecipou-se em dois meses, e na Amazônia, em mais de um mês. A estiagem atual é a mais severa em vinte anos, e a previsão é de que o período crítico de queimadas possa ser prolongado devido às condições climáticas adversas.

A resposta do governo inclui a liberação de recursos significativos para apoio emergencial. Até o momento, foram destinados R$ 13,4 milhões para Mato Grosso do Sul e R$ 11,7 milhões para a Amazônia. Além disso, foram reconhecidas situações de emergência em diversos municípios dos estados afetados, com planos de trabalho em andamento para ajudar as comunidades impactadas.

A estiagem é agravada pelo aquecimento do Atlântico e pelo déficit hídrico causado pelo El Niño, que somam ao aquecimento global e à redução da umidade e chuva no país. O Cemaden reporta que mais de mil cidades estão em situação de estiagem, com mais de 60% dos municípios na Amazônia enfrentando condições severas.

Embora o desmatamento na Amazônia tenha diminuído 45% no último ano, o fogo continua a devastar áreas desmatadas anteriormente e novas invasões contribuem para o problema. O pesquisador Luiz Aragão do Inpe explica que, apesar da redução do desmatamento, a gestão do fogo em áreas já desmatadas continua a ser um desafio, exacerbado pelas condições secas.

A situação continua a evoluir, e as ações coordenadas entre o governo federal e os estados são essenciais para mitigar os impactos e proteger os ecossistemas afetados.

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