Aumento de benefícios por incapacidade no INSS reflete crescente impacto dos doenças mentais no mercado de trabalho

Em 2023, o número de trabalhadores brasileiros que precisaram de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez devido a distúrbios mentais cresceu significativamente, refletindo uma tendência preocupante no impacto das doenças mentais no mercado de trabalho. De acordo com dados recentes, houve um aumento de 38% na concessão desses benefícios pelo INSS, com os números saltando de 209.124 em 2022 para 288.865 neste ano.

Os benefícios de incapacidade estão divididos em duas categorias principais: o auxílio por incapacidade temporária, que era conhecido anteriormente como auxílio-doença, e o auxílio por incapacidade permanente, atualmente chamado de aposentadoria por invalidez. Esse crescimento reflete um agravamento das condições de saúde mental entre os trabalhadores brasileiros, em especial com o aumento de diagnósticos de transtornos como ansiedade e depressão.

O benefício por incapacidades, anteriormente chamado de auxílio-doença, é destinado a pessoas que estão incapacitadas de trabalhar por mais de 15 dias, com a possibilidade de prorrogação, enquanto a aposentadoria por invalidez é concedida para aqueles cuja incapacidade é permanente, impossibilitando o retorno ao trabalho. O aumento desses pedidos revela não apenas o impacto das doenças mentais na vida dos trabalhadores, mas também uma pressão crescente sobre o sistema de previdência social, que precisa atender à demanda crescente por esses tipos de auxílio.

O estresse no ambiente de trabalho, combinado com outros fatores como a insegurança financeira e a falta de acesso a tratamentos adequados, pode ser um dos grandes responsáveis pelo aumento nos casos de incapacidade mental.