Teresina quinta-feira, 14 novembro, 2024

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Aumento alarmante na violência política em 2024: um estudo preocupante

Aumento alarmante na violência política em 2024: um estudo preocupante/Foto: Reprodução

O número de casos de violência política em 2024 apresenta um crescimento alarmante, quase o dobro do registrado no mesmo período de 2020, quando foram contabilizados 168 casos. Até o dia 30 de setembro deste ano, já são 311 casos reportados, superando os 174 casos de 2022. Essa escalada nos índices de violência levanta preocupações, especialmente quando analisada sob a perspectiva das eleições anteriores.

Pedro Bahia, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, destaca que a comparação entre os anos é complexa. “Em 2020, houve a pandemia e a eleição foi em novembro, o que pode ter reduzido a campanha de rua e, consequentemente, a violência física. Isso dificulta tirar conclusões diretas”, explica. Ele ainda ressalta que 2022, uma eleição nacional, possui características distintas em relação à municipal deste ano, onde os candidatos estão mais próximos do eleitor.

Os dados revelam que dos 311 casos de violência, 83 afetaram pré-candidatos ou seus familiares, enquanto 228 envolveram candidatos ou seus familiares. A análise do levantamento indica uma tendência preocupante: a violência política tende a aumentar conforme o pleito se aproxima. “Quanto mais próximo do pleito, maior a incidência da violência”, afirma o estudo.

Dentre os 311 episódios, a violência física se destacou com 167 casos (53,7%), com ênfase nas agressões, seguidas por 53 homicídios tentados e 35 homicídios consumados. A violência psicológica apareceu em 84 casos (27%), com diversas formas de ameaças e intimidações. Além disso, a violência econômica somou 32 casos (10,3%), a violência semiótica 26 casos (8,4%), e houve ainda dois casos de violência sexual (0,6%).

O estado do Rio de Janeiro se destacou, registrando 17 casos, com nove ocorrências na Baixada Fluminense. O estudo também revelou que 23 partidos tiveram ao menos um pré-candidato ou candidato afetado por atos de violência. O União Brasil lidera esse triste ranking, com 38 episódios (12,2%), seguido pelo PT, com 36 casos (11,6%) e o MDB, com 34 (10,9%).

Esses dados refletem uma realidade preocupante que merece atenção, especialmente em um momento crucial para a democracia e a integridade dos processos eleitorais. A crescente incidência de violência política pode impactar não apenas os candidatos, mas também a liberdade de escolha dos eleitores, ressaltando a necessidade de medidas efetivas para garantir a segurança durante o período eleitoral.

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