O agricultor Francisco Marcos Lima Barros foi condenado a 16 anos de prisão pelo envolvimento no assassinato do líder comunitário e ambientalista José Maria Filho, conhecido como Zé Maria do Tomé, em um julgamento realizado no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. A condenação ocorreu após 11 horas de julgamento, que reconheceu o papel do réu na emboscada que resultou na morte de Zé Maria.
O júri popular, presidido pelo juiz Raimundo Lucena Neto, contou com sete jurados, que concluíram que Francisco Marcos ajudou a planejar o crime, fornecendo informações que facilitaram a execução do ambientalista. Zé Maria foi morto em 2010 com 25 tiros, em uma emboscada na região de Limoeiro do Norte, no Ceará. A vítima era conhecida por sua atuação contra o uso de agrotóxicos na pulverização aérea de plantações na Chapada do Apodi.
Devido à grande repercussão do caso na região, o processo foi transferido para Fortaleza, uma medida legal chamada “desaforamento”, que visa garantir a imparcialidade do julgamento e a segurança dos envolvidos.
Segundo as investigações, o crime teria sido motivado pela oposição de Zé Maria ao uso de agrotóxicos. A acusação apresentou evidências de que Francisco Marcos manteve contato telefônico com Westilly Hitler, o pistoleiro responsável pelo assassinato, fornecendo informações sobre a rotina da vítima. Westilly foi morto durante as investigações, mas a participação de Francisco Marcos foi suficiente para condená-lo por homicídio qualificado, com agravantes de motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
O caso permanece como um símbolo da luta por justiça em conflitos ambientais e contra a violência sofrida por líderes comunitários que defendem causas ecológicas e de saúde pública.
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