
A vereadora de Teresina, Tatiana Medeiros, classificou como perseguição política sua remoção do cargo de secretária-geral da comissão executiva do PSB. O afastamento, determinado pelo presidente municipal do partido, Washington Bonfim, ocorreu em meio a uma investigação da Polícia Federal sobre a possível influência de facções criminosas nas eleições municipais de 2024.
A parlamentar se pronunciou em coletiva de imprensa nesta terça-feira (1º), onde criticou a decisão do partido e afirmou que não há qualquer processo formal contra ela. Em uma coletiva de imprensa, a parlamentar declarou: “A única coisa que vai me parar é se mandarem me matar, que é o que está faltando”, criticando a forma como foi afastada.
Investigação e envolvimento do namorado
A origem da polêmica se deu após a prisão de Alandilson Cardoso Passos, então companheiro da vereadora, detido em Belo Horizonte, Minas Gerais. Ele é apontado como operador financeiro da facção criminosa Bonde dos 40 e suspeito de movimentar cerca de R$ 2 bilhões por meio de esquemas de lavagem de dinheiro envolvendo revenda e locação de veículos, além da venda de peças automotivas.
Segundo Tatiana, a viagem em que foi flagrada com Alandilson em um hotel mineiro tratava-se apenas de um período de descanso após a campanha eleitoral. No entanto, a Polícia Federal identificou sua ONG, Vamos Juntos, como um dos alvos da investigação que apura a participação de facções no pleito municipal.
Apesar do afastamento no partido e das investigações, Tatiana segue negando qualquer ligação com facções criminosas e reafirma que continuará sua atuação política.