A partir desta segunda-feira (4/11), o esquema de vacinação contra a poliomielite no Brasil passará por mudanças importantes. O Ministério da Saúde anunciou a substituição das duas doses de reforço da vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), popularmente conhecida como “gotinha”, pela vacina inativada poliomielite (VIP), que é aplicada por injeção. Essa alteração torna o esquema vacinal exclusivamente com a vacina injetável, seguindo padrões internacionais de segurança.
A atualização foi motivada por critérios epidemiológicos e evidências científicas que indicam maior segurança com o uso da vacina inativada. Países como os Estados Unidos e diversas nações da Europa já adotam essa estratégia, o que levou o Brasil a alinhar suas práticas de imunização com recomendações internacionais.
Com essa mudança, as crianças deverão seguir um novo cronograma de vacinação contra a poliomielite. O esquema agora será composto por três doses da vacina injetável VIP, aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade, e uma dose de reforço também da VIP, administrada aos 15 meses.
O Brasil está oficialmente livre da poliomielite desde 1994, com o último caso registrado em 1989. A vacina oral, introduzida no país em 1977, foi fundamental para alcançar esse marco. Durante décadas, a “gotinha” ajudou a controlar a doença e ficou marcada pelas campanhas de vacinação que popularizaram o personagem Zé Gotinha, símbolo da imunização no país.
Antes da vacinação em massa, a pólio causava paralisia em milhares de crianças. Em 1975, por exemplo, quase 6 mil crianças nas Américas ficaram paralisadas devido à doença. Graças às campanhas de vacinação, o vírus selvagem da pólio atualmente só circula em dois países: Afeganistão e Paquistão. Apesar de uma queda nas coberturas vacinais a partir de 2016, o Brasil vem recuperando índices importantes. Em 2023, a taxa de vacinação contra a poliomielite alcançou 86,55%, um avanço significativo em relação aos 77,20% de 2022.
A poliomielite é uma doença altamente contagiosa, que pode ser transmitida por contato direto com fezes ou secreções de uma pessoa infectada. Embora não tenha cura, a vacinação é a principal forma de prevenção. A doença pode causar graves sequelas motoras, como a diminuição da força muscular e dores nas articulações. Além da vacinação, medidas de higiene, como lavar bem as mãos e consumir água tratada, são essenciais para evitar a contaminação.
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