Teresina terça-feira, 21 janeiro, 2025

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Mulher morre por raiva humana em Pernambuco após ser mordida por sagui

 

Mulher morre por raiva humana em Pernambuco após ser mordida por sagui/Foto: Reprodução

Uma mulher de 56 anos, residente em Santa Maria do Cambucá, no Agreste de Pernambuco, faleceu no último sábado (11) em decorrência de complicações causadas pela raiva humana. Ela havia sido atacada por um sagui e estava internada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC/UPE) em estado grave. O caso, confirmado na última quarta-feira (8), marcou o retorno da raiva humana ao estado, após oito anos sem registros da doença.

A mulher foi mordida pelo animal no final de dezembro, enquanto ele se aproximava da área urbana, possivelmente fugindo de queimadas na região. Ela procurou atendimento médico em 31 de dezembro com sintomas iniciais de dormência, fraqueza e dores no corpo. Em 2 de janeiro, seu quadro se agravou, com sintomas neurológicos graves, incluindo agitação e insuficiência respiratória, levando à necessidade de ventilação mecânica.

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES) confirmou a infecção no dia 9 de janeiro, e o Instituto Pasteur, em São Paulo, identificou o vírus como de origem silvestre, proveniente de um sagui. A Vigilância Ambiental de Pernambuco alertou sobre o risco representado pelos animais silvestres, que não são vacinados contra a doença, ao contrário dos animais domésticos.

Embora Pernambuco não registrasse casos de raiva humana desde 2015, o vírus ainda circula entre os animais silvestres, como saguis e morcegos, que representam risco para a saúde humana. O diretor-geral de Vigilância Ambiental, Eduardo Bezerra, reforçou a importância da vacinação de cães e gatos e do tratamento imediato após exposição ao vírus, como a aplicação de vacina antirrábica e, quando necessário, soro antirrábico.

A raiva é uma doença viral grave com quase 100% de letalidade quando os sintomas se manifestam. A profilaxia imediata, com a aplicação da vacina após mordidas de animais, é crucial para prevenir a evolução da doença. O Ministério da Saúde distribui recursos para o tratamento pós-exposição, garantindo a proteção da população.