Teresina sexta-feira, 27 dezembro, 2024

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Ceias de fim de ano podem agravar sintomas de refluxo, alertam especialistas

As tradicionais ceias de Natal e Ano Novo, recheadas de pratos gordurosos e bebidas com gás, podem se tornar um problema para pessoas que sofrem de refluxo gastroesofágico. Alimentos como tender, pernil, salpicão com maionese, espumante e chocolate, especialmente consumidos em excesso, estão entre os principais vilões que ativam os sintomas da doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou, em 2024, o atendimento de 62 mil pacientes com sintomas relacionados à Doença do Refluxo Gastroesofágico. Mais de 3.200 desses casos resultaram em internação hospitalar, evidenciando a seriedade do problema.

O médico endoscopista Hugo Guedes explica que esses alimentos podem piorar o refluxo ao aumentar a produção de ácido estomacal ou ao potencializar o retorno do ácido do estômago para o esôfago. “Precisamos ter cuidado com o que comemos nas ceias de fim de ano, pois esses alimentos sobrecarregam o sistema digestivo e podem agravar os sintomas de refluxo”, orienta o especialista.

Para evitar o desconforto sem abrir mão das festividades, o médico recomenda algumas precauções. “Coma em menor quantidade e evite beber líquidos durante a refeição. Espere pelo menos 30 minutos antes ou depois de comer para ingerir bebidas”, sugere Guedes. Ele também reforça a importância de dar tempo ao corpo para fazer a digestão, evitando deitar logo após as refeições.

Caso os sintomas de refluxo apareçam, o especialista recomenda que a pessoa permaneça em jejum por um tempo para facilitar a passagem dos alimentos para o intestino. “Manter-se sentado e fazer caminhadas leves pode ajudar. Se os sintomas persistirem, os antiácidos são uma boa opção inicial. Em casos mais graves, é indicado o uso de protetores gástricos”, orienta.

Os sintomas mais comuns do refluxo incluem queimação no estômago, azia, dor no peito, enjoo, regurgitação, tosse, pigarro e sensação de garganta arranhada. Se esses sintomas não melhorarem, é essencial procurar ajuda médica para obter o tratamento adequado e evitar complicações.