Teresina terça-feira, 24 dezembro, 2024

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Dia do Forró: Dominguinhos, gênio da sanfona e seu legado musical

Dominguinhos/Foto: Reprodução – O Povo

O músico pernambucano Dominguinhos, reconhecido por sua maestria na sanfona e por sua contribuição ao forró, é o tema de uma nova biografia, escrita pelo professor de história Gustavo Alonso, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O livro, previsto para ser lançado em 2025, explora a vida e a carreira do artista, conhecido como o “herdeiro” de Luiz Gonzaga, e traz detalhes sobre sua inventividade musical, sua mistura de ritmos e as polêmicas de sua trajetória.

Nascido em Garanhuns (PE), Dominguinhos teve uma infância humilde, sendo incentivado a tocar pandeiro com seus irmãos. Sua vida mudou quando, em 1949, Luiz Gonzaga o convidou para tocar com ele, o que levou Dominguinhos à capital carioca, onde buscou uma carreira musical. Após ganhar confiança de Gonzagão, Dominguinhos desenvolveu um estilo próprio, misturando forró com outros gêneros como jazz, e se tornando um dos maiores sanfoneiros do Brasil.

A biografia também explora sua relação com Anastácia, sua companheira de vida e de música. Juntos, criaram alguns dos maiores clássicos do forró, incluindo “Eu Só Quero um Xodó”. A parceria, porém, teve um fim conturbado após um término abrupto em 1978, o que gerou mágoas profundas na compositora, mas também inspirou diversas canções.

Além de sua carreira musical, Dominguinhos é lembrado por sua habilidade única com a sanfona, instrumento que lhe conferiu um lugar de destaque na música nordestina. Sua sonoridade, influenciada por diferentes gêneros, moldou o forró moderno e inspirou gerações de sanfoneiros, deixando um legado que continua a ser celebrado no século XXI.