No próximo sábado (14/12), o governo federal realizará o Dia D de mobilização nacional contra a dengue, com ações de conscientização e prevenção em todo o país. O objetivo é envolver a população na luta contra o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão do vírus da dengue, que já causou mais de 6,7 milhões de casos e 5.950 mortes em 2024. Além disso, outros 1.091 óbitos ainda estão sendo investigados como possíveis consequências da doença.
O secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Cunha, destacou que o momento atual é crítico para intensificar as ações preventivas, devido à proximidade do período de chuvas. “Este é o momento ideal para prevenir a proliferação do mosquito, pois com a chegada das chuvas, o risco de aumento de focos se intensifica”, explicou o secretário.
A campanha, que conta com a parceria de estados e municípios, visa mobilizar a população a eliminar objetos que possam acumular água em suas casas, como vasos de plantas, garrafas e pneus. “Queremos evitar uma potencial epidemia no início do próximo ano”, alertou Cunha.
O especialista também ressaltou o impacto das mudanças climáticas na biologia do Aedes aegypti. O aumento das temperaturas médias, combinado com chuvas e secas intensas, criou condições mais favoráveis para a proliferação do mosquito. Em 2024, o número de casos semanais de dengue nunca foi menor que o registrado nas mesmas semanas de 2023, demonstrando um agravamento constante.
Cunha também mencionou que o armazenamento de água em condições inadequadas, especialmente em regiões com intermitência no abastecimento, está contribuindo para o aumento dos focos do mosquito. “O armazenamento improvisado de água para uso doméstico tem sido uma das principais causas de proliferação do mosquito”, afirmou.
Em 2024, os estados do Distrito Federal, Minas Gerais e Paraná lideram em número de casos de dengue, com um crescimento preocupante nas regiões Sudeste e Sul. Apesar do aumento, Cunha acredita que, com a mobilização e conscientização da população, é possível evitar uma nova epidemia nos próximos meses.
Os picos de casos ocorreram entre fevereiro e maio, com mais de um milhão de casos por mês, sendo março o pior mês, com 1,7 milhão de diagnósticos. A faixa etária mais afetada pela doença em 2024 foi entre 20 e 29 anos.
O governo reforça a importância da participação da sociedade na prevenção da dengue. Além de eliminar criadouros do mosquito, os cidadãos são incentivados a denunciar focos de Aedes aegypti às autoridades locais e seguir as recomendações de saúde pública. A expectativa é de que o Dia D seja um marco para reduzir os riscos de uma nova epidemia no Brasil.
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