Teresina quinta-feira, 26 dezembro, 2024

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Endividamento em Teresina aumenta 32,6% em dois anos, superando outras capitais

O endividamento das famílias em Teresina apresentou uma alta alarmante entre 2022 e 2024. De acordo com dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a porcentagem de pessoas na capital piauiense com contas atrasadas saltou de 61% para 86%, um aumento de 32,6%. Este crescimento representa a maior alta proporcional entre todas as capitais do Brasil, refletindo uma tendência nacional de crescente endividamento familiar.

Em nível nacional, o número total de famílias endividadas aumentou de 11,28 milhões para 12,73 milhões, o que representa uma alta de 12,8% nos últimos dois anos. Esse crescimento é atribuído, em parte, ao aumento populacional nas grandes cidades e à consequente elevação no número de lares. No entanto, especialistas alertam para os efeitos econômicos negativos dessa expansão, destacando que a elevação do número de endividados tende a aumentar o custo do crédito no mercado, o que pode agravar o risco de inadimplência.

De acordo com a FecomercioSP, embora o endividamento proporcione maior acesso ao crédito e aumente o consumo, ele também carrega riscos significativos. O principal risco é a inadimplência, especialmente quando a economia está pressionada por juros altos ou pela inflação. “É essencial encontrar um equilíbrio entre incentivar o consumo e proteger o orçamento das famílias, principalmente das mais vulneráveis”, ressaltou a entidade.

O cenário de endividamento em Teresina não é isolado. Cidades como João Pessoa (29,1%), Porto Velho (26%) e Fortaleza (25,1%) também registraram aumentos expressivos no número de famílias endividadas. Por outro lado, algumas capitais, como Florianópolis (-2,1%), Curitiba (-1,9%) e Porto Alegre (-1,2%), conseguiram reduzir o índice de endividamento, destacando as disparidades regionais no comportamento econômico das famílias brasileiras.