A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semarh/PI) deu início, nesta segunda-feira (18/11), às ações de fiscalização e monitoramento ambiental durante o período de defeso da piracema, na Bacia do Rio Parnaíba. A fiscalização se estende até o dia 16 de março de 2025 e tem como principal objetivo proteger a reprodução natural das espécies de peixes que migram rio acima, garantindo a sustentabilidade da pesca na região.
Durante o defeso, é proibida a pesca em áreas próximas a barragens, cachoeiras e corredeiras do Rio Parnaíba, com um raio de 1500 metros antes e depois desses locais. Além disso, eventos de pesca, como campeonatos, estão suspensos. A pesca só será permitida para pescadores registrados, com restrições quanto ao tipo de equipamento e quantidade de captura. O uso de tarrafa é restrito aos pescadores profissionais, e a captura diária é limitada a 5 kg de peixe, mais um exemplar adicional para pescadores registrados.
De acordo com o superintendente da Semarh, João Vitor, a fiscalização será intensificada em áreas de maior concentração de pesca. Ele destaca a importância da conscientização dos pescadores sobre a relevância do defeso para a preservação das espécies e para o equilíbrio ecológico do rio. “Em conjunto com a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), realizaremos fiscalizações para impedir práticas irregulares e predatórias”, afirmou João Vitor.
O diretor de Fiscalização da Semarh, Major Dênio Marinho, também ressaltou a preparação da equipe para atuar em toda a extensão da Bacia do Rio Parnaíba. “Esperamos coibir a pesca ilegal e garantir a preservação da fauna aquática”, disse. As ações contarão com o apoio do Batalhão da Polícia Ambiental e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além da colaboração da diretoria de recursos hídricos, representada por Igor Klaus.
Durante o período de defeso, a pesca científica será permitida somente com autorização prévia do Ibama, e o transporte e comercialização de peixes de piscicultura exigem comprovação de procedência e registro no Ibama. A Semarh reafirma a importância das ações de fiscalização para garantir que a piracema ocorra de forma natural e sem interferências que possam prejudicar a reprodução dos peixes e a biodiversidade da região.
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