Corpos de Irmãs desaparecidas são encontrados em cova rasa na zona norte de Teresina

O mistério do desaparecimento de duas irmãs em Teresina foi solucionado de maneira trágica neste final de semana. O Instituto Médico Legal (IML) confirmou, na noite de domingo (17/11), que os corpos encontrados em uma cova rasa na zona Norte da cidade são de Joicinéia Dias da Silva, 23 anos, e Francinete Pereira da Silva Neta, 24 anos.

As irmãs haviam desaparecido na última quarta-feira (131), na região da Santa Maria da Codipi, localidade onde seus corpos foram encontrados em uma área de mata de difícil acesso, próximo ao residencial Edgar Gayoso. A investigação inicial aponta que as duas teriam saído para um suposto encontro com integrantes de um grupo criminoso rival ao dos companheiros das vítimas, ambos atualmente presos no Sistema Prisional do Piauí.

A brutalidade do caso chocou ainda mais com os relatos da filha de Joicinéia, uma menina de apenas 4 anos, que foi abandonada na quinta-feira (14) em frente a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na Santa Maria da Codipi. A criança contou que viu a mãe sendo torturada: seu cabelo foi raspado, ela foi espancada e alvejada por um tiro na perna antes de ser morta. O filho de Francinete, um menino de 6 anos, foi deixado com familiares antes do crime.

O perito-chefe do IML, Antônio Nunes, afirmou que as vítimas foram identificadas por impressões digitais, mas detalhes sobre a causa da morte e se houve tortura ainda estão em análise. “Uma das vítimas apresenta sinais compatíveis com tortura, mas é preciso que o legista conclua os exames para confirmar a origem dessas marcas”, explicou. Os corpos devem ser liberados para a família nesta segunda-feira (18).

O caso, que já era investigado como desaparecimento, passou a ser tratado como duplo homicídio pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). A hipótese principal é de que as irmãs foram assassinadas por conta de conflitos entre facções criminosas.

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