A crescente popularidade das apostas online entre os jovens brasileiros tem gerado alarmantes preocupações. Um estudo do Datafolha revela que 30% dos jovens entre 16 e 24 anos já se envolveram com apostas, o dobro da média nacional de 15%. A situação é ainda mais crítica entre adolescentes: uma pesquisa da Unicef mostrou que 22% dos jovens entrevistados começaram a apostar com apenas 11 anos ou menos.
Casos como o de Cauã, um estudante de 12 anos, exemplificam essa realidade. Ele começou a apostar ano passado, atraído por colegas, e relata que frequentemente utiliza o dinheiro do lanche e da mesada para jogar. A situação está gerando preocupação nas escolas, onde a diretora Olívia afirma que a situação “está saindo do controle”, com alunos jogando até em banheiros.
Recentemente, o Ministério da Educação (MEC) anunciou um projeto de lei para restringir o uso de celulares nas escolas, como parte de uma estratégia para combater essa crescente prática. No entanto, muitos educadores acreditam que a medida não resolverá o problema, que também se estende para fora do ambiente escolar.
A repercussão das apostas é alarmante: o Brasil se tornou o terceiro país com mais gastos em apostas, superando R$ 50 bilhões em 2023. A exposição de crianças e adolescentes a essas plataformas, amplamente promovidas nas redes sociais, levou o Instituto Alana a denunciar a empresa Meta ao Ministério Público, por permitir que influenciadores mirins promovam sites de apostas.
Com essa realidade preocupante, é essencial que pais e educadores se unam para abordar o tema e proteger os jovens de armadilhas que podem resultar em sérios vícios financeiros e emocionais.
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