Temperaturas extremas e umidade crítica em quatro cidades do Piauí alertam para riscos à saúde

Na última segunda-feira (21/10), o Piauí registrou as temperaturas mais elevadas e os níveis de umidade mais baixos do Brasil, conforme informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As cidades de Campo Maior, Oeiras, Piripiri e Castelo do Piauí se destacaram por suas condições climáticas severas, que trazem sérios riscos à saúde da população.

Campo Maior foi a campeã de calor, alcançando a marca de 39,4 °C, seguida de perto por Caxias (MA) com 39,2 °C e Oeiras com 39,1 °C. Além das altas temperaturas, o nível de umidade do ar nessas localidades caiu drasticamente, com Castelo do Piauí registrando alarmantes 13%, seguido por Campo Maior com 14% e Piripiri com 18%. Essas condições são comparáveis àquelas encontradas no deserto do Saara, onde a umidade varia entre 14% e 20%.

O climatologista Werton Costa alertou para os riscos associados a esses índices críticos, ressaltando que a baixa umidade reduz a possibilidade de chuvas na região. Ele enfatizou que o cenário atual representa uma situação de “altíssimo risco” para a saúde e segurança da população, especialmente com a previsão de seca prolongada.

A combinação de uma seca histórica, calor intenso e bloqueios atmosféricos tem intensificado a crise. O Brasil enfrenta a pior seca dos últimos anos, afetando a maior parte dos estados. Os dados do Cemaden indicam que em diversas regiões, incluindo o Piauí, não há registros de chuvas há mais de cem dias.

Os efeitos da baixa umidade são preocupantes, com o Inmet alertando para riscos de incêndios e problemas de saúde, como ressecamento da pele e desconforto ocular. Recomenda-se à população que aumente a ingestão de líquidos, evite atividades físicas em horários quentes e utilize hidratantes para a pele. Manter ambientes umidificados é igualmente aconselhável para minimizar os impactos dessa crise climática.

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