A doença de Alzheimer é uma condição degenerativa que impacta o cérebro, afetando funções cognitivas como memória, linguagem e comportamento. Geralmente, é diagnosticada em pessoas mais velhas e se caracteriza por um declínio progressivo que pode levar à dependência nas atividades diárias. Ao contrário do envelhecimento normal, o Alzheimer provoca mudanças patológicas, como o acúmulo de proteínas anormais e a morte de células cerebrais.
No Brasil, aproximadamente um milhão de pessoas convivem com a doença de Alzheimer. A condição é mais comum entre indivíduos de 60 a 90 anos, mas também pode surgir em idades mais precoces ou mais avançadas, embora com menor frequência.
Quais são os sintomas?
Os primeiros sinais da doença geralmente incluem lapsos de memória e mudanças no comportamento. Os esquecimentos que se repetem e que afetam o dia a dia devem ser motivo de preocupação. Ao longo de 10 a 15 anos, os sintomas podem evoluir para compromissos mais severos, como dificuldades na marcha e na deglutição, embora a Doença de Alzheimer não cause diretamente a morte, suas complicações podem representar riscos sérios à saúde.
Quais outras alterações podem ser perceptíveis?
Além da perda de memória, os pacientes podem apresentar alterações emocionais, como depressão, agitação e, em alguns casos, delírios e alucinações. Essas mudanças são frequentes durante o progresso da doença.
Qual a causa, e os fatores de risco?
Não se sabe a causa exata do Alzheimer, mas a perda de células cerebrais é um fenômeno bem documentado. A condição não é exclusivamente genética, embora a idade e uma predisposição possam influenciar seu desenvolvimento, especialmente em interação com fatores ambientais.
Um recente estudo da Universidade da Califórnia, publicado no Journal of Alzheimer’s Disease, alerta sobre os perigos do uso prolongado de medicamentos para dormir, como zolpidem, clonazepam e diazepam. A pesquisa acompanhou cerca de 3 mil idosos ao longo de nove anos, revelando que 20% dos participantes desenvolveram demência durante esse período. Os resultados indicam que o risco é particularmente elevado entre indivíduos brancos, que apresentam uma probabilidade 79% maior de desenvolver a condição quando utilizam esses medicamentos com frequência.
Além de destacar a importância do tipo e da dosagem dos medicamentos, o estudo também observou que, embora o uso de sedativos seja menos comum entre os participantes negros, eles também enfrentam um aumento no risco de demência associado ao uso regular dessas substâncias. Yue Leng, principal autor da pesquisa, recomenda que os pacientes considerem alternativas, como a terapia cognitivo-comportamental, antes de optar por tratamentos farmacológicos para insônia, enfatizando a necessidade de uma reavaliação cuidadosa do uso desses medicamentos.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da Doença de Alzheimer é feito por meio de entrevistas médicas e a exclusão de outras doenças através de exames de sangue, imagens (como tomografias ou ressonâncias magnéticas) e avaliações neuropsicológicas. Não existe um único exame que confirme a doença, mas os avanços laboratoriais têm melhorado a precisão diagnóstica.
Há tratamentos disponíveis?
Atualmente, existem medicamentos que podem estabilizar a progressão da Doença de Alzheimer e retardar a perda funcional por até cinco anos. Esses tratamentos não curam a doença, mas podem melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares.
Como prevenir?
A prevenção pode ser mais eficaz se abordada em várias áreas simultaneamente. Algumas recomendações incluem:
- Atividade física: Práticas de exercícios adequados à idade, preferencialmente aeróbicos.
- Alimentação balanceada: Dieta rica em alimentos naturais, como a dieta mediterrânea e alimentos ricos em ômega 3.
- Controle de fatores de risco: Gerenciamento de condições como diabetes e hipertensão, além da prevenção do tabagismo e do consumo excessivo de álcool.
- Estimulação mental: Exercícios mentais, testes e atividades que mantenham a mente ativa.
Embora ainda não existam remédios milagrosos ou soluções definitivas para a Doença de Alzheimer, a medicina tem avançado rapidamente na busca por melhores recursos para tratamento e prevenção, oferecendo esperança a pacientes e familiares.
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