Na cidade de Ourilândia do Norte, no Pará, um esquema de compra de votos envolvendo o vereador Edivaldo Borges Gomes, conhecido como Irmão Edivaldo (MDB), chamou a atenção das autoridades durante as eleições. Eleitores que venderam seus votos usaram óculos com uma microcâmera embutida para filmar o momento em que votavam no candidato, como forma de comprovar o cumprimento do acordo.
O esquema foi descoberto por uma mesária, que estranhou a espessura dos óculos de um eleitor. Ao notar que mais de uma pessoa na mesma seção eleitoral portava o objeto, ela acionou a Justiça Eleitoral. Uma adolescente foi abordada, e ela revelou que havia recebido a oferta de R$ 200 para votar no candidato Irmão Edivaldo. O pagamento, no entanto, só seria feito mediante a prova filmada de que o voto havia sido concretizado.
Diante das evidências, Irmão Edivaldo foi preso em flagrante, mas liberado após pagamento de fiança. Ele agora enfrenta acusações de compra de votos e associação criminosa, crimes que podem comprometer sua carreira política. Mesmo após a prisão, o vereador se defendeu em uma sessão da Câmara de Vereadores, negando as acusações.
Casos de compra de votos também foram registrados em Nova Olinda do Maranhão, onde a eleição municipal foi a mais acirrada do país. Ary Menezes (PP) venceu com uma diferença de apenas dois votos, somando 50,01% dos votos válidos, enquanto sua adversária, Thaymara Amorim (PL), ficou com 49,99%. Apesar da vitória, denúncias de compra de votos surgiram após o pleito, com eleitores confessando que foram abordados por Ary e seus aliados.
Um dos eleitores, Danilo Santos, afirmou ter negociado seu voto em troca de materiais de construção, mas, como não recebeu tudo o que foi prometido, decidiu expor o esquema. Outro caso envolveu a pescadora Luciane Souza Costa, que foi ameaçada de morte após decidir não votar em Ary, mesmo depois de seu marido ter aceitado dinheiro pela compra do voto. As ameaças incluíam ela, seu marido e suas filhas, caso não cumprissem o acordo.
Em resposta às acusações, Ary Menezes negou envolvimento com a compra de votos e disse que está à disposição da Justiça Eleitoral para esclarecimentos. Seu vice, Ronildo da Farmácia, também negou qualquer irregularidade, afirmando que a campanha foi limpa. A defesa de Clélia Barros, aliada de Ary, declarou que ela não tem conhecimento sobre as práticas ilícitas mencionadas e que sua trajetória política sempre foi pautada pela honestidade.
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