A jovem estudante Camila Feitosa, de 16 anos, desenvolveu um sensor inovador que mede a radiação solar, com o objetivo de auxiliar na prevenção do câncer de pele e outras doenças relacionadas à exposição excessiva ao sol. O dispositivo é capaz de detectar e quantificar a radiação ultravioleta, alertando os usuários sobre os níveis de exposição.
O projeto, que Camila apresentou pela primeira vez na Feira Mineira de Iniciação Científica (Femic) em maio do ano passado, rendeu-lhe o primeiro lugar na categoria saúde. Agora, um estudante representará o Piauí e o Nordeste no Festival de Ciência e Tecnologia da Tunísia, marcado para março de 2025.
Motivada pela alta incidência solar e temperaturas elevadas de Teresina, Camila buscou desenvolver uma solução prática. “Por morar em uma cidade muito ensolarada, percebi como a radiação afeta a saúde das pessoas. Muitos têm protetor solar, mas esquecemos de usar. É gratificante saber que meu trabalho pode ajudar a salvar vidas”, afirmou um estudante.
Camila criou três dispositivos diferentes. A primeira é uma máquina que capta os índices de radiação e os classifica em categorias de risco — baixo, moderado, alto e muito alto — utilizando núcleos e sons para alertar os usuários. Para melhorar a proteção, ela desenvolveu um segundo dispositivo: um capacete que calcula o tempo seguro de exposição ao sol, considerando o fator de proteção solar, tipo de pele e duração da exposição. Os dados são enviados em tempo real via wi-fi para um monitor, proporcionando segurança tanto para trabalhadores quanto para trabalhadores.
O terceiro dispositivo, um smartwatch, conecta-se ao sensor e permite que os pais monitorem os índices de radiação em tempo real por meio de um aplicativo. Essa foi solução pensada especialmente para o público infantil.
O professor Edwar Montenegro, coorientador do projeto, destacou que ajustes ainda estão sendo realizados para melhorar a eficiência e o alcance dos dispositivos. Ele elogiou a iniciativa de Camila, afirmando que um jovem faz parte de uma nova geração de alunos que busca impactar a sociedade por meio da tecnologia e do conhecimento aplicado. “Eles não se limitam ao aprendizado tradicional, mas querem participar ativamente e provocar mudanças no mundo”, concluiu Montenegro.
Com inovações como essa, Camila Feitosa se posiciona como uma inspiração para jovens cientistas, destacando a importância da conscientização sobre os riscos da exposição solar e a busca por soluções que promovam a saúde e o bem-estar da população.
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